segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A estrutura social e as desigualdades sociais

leonardo leindecker de freitas professora fanja
A estrutura social e as desigualdades sociais
Podemos observar os sinais das desigualdades sociais em todos os lugares, todos os dias. Basta sair às ruas para notar as diferenças entre as condições de vida das pessoas e verificar que um pequeno número delas desfruta de muitos privilégios. Estas diferenças de manifestam em elementos materiais, como a moradia, as roupas, os meios de locomoção, mas também no acesso à educação e aos bens culturais. Por que existem as desigualdades sociais e quais são as formas existentes? Como elas se constituíram e como são explicadas?
I) Estratificação social: É a maneira como os diferentes indivíduos e grupos são classificados em estratos (camadas) ou classes sociais.
Uma estratificação não pode estar baseada em apenas um critério (a renda ou a ocupação), pois isto não corresponde à realidade social. Há, portanto, dois tipos de critérios de estratificação:
- quantitativos: como o nível da renda.
- qualitativos, que são de dois tipos: objetivos (posse de bens, trabalho, atividade) e avaliações subjetivas (prestígio, honra, importância social)
A estratificação social é produzida historicamente e se expressa na organização da sociedade em sistemas de estamentos, castas ou classes.
a) Estamentos: Divisão através de direitos e deveres, privilégios e obrigações que são aceitos como naturais e publicamente reconhecidos. A sociedade feudal foi um exemplo típico, em que havia remotas possibilidades de mobilidade social. A desigualdade, além de fato natural, transformava-se em direito.
b) Castas: Hierarquização baseada em religião, etnia, cor, hereditariedade e ocupação. Vigora na Índia, embora seja proibida por lei desde Os párias, também chamados de intocáveis, são completamente marginalizados e estão fora da pirâmide social indiana. Considerados impuros, inspiram repugnância e desprezo às demais castas.
c) Classes sociais: Modalidade de estratificação social típica do capitalismo.  Camada social aberta, pois permite mobilidade social. Variam considerando a posição dos indivíduos e grupos no processo de produção (proprietários de terra, burguesia industrial ou financeira, pequena burguesia ou média, trabalhadores e operários) ou a capacidade de consumo (classe A, B, C, D, E).
  • Classe alta: Dirigentes superiores e pessoas de situação econômica privilegiada;
  • Classe média: Pessoas de situação econômica intermediária como profissionais liberais – médicos, advogados, professores etc.
  • Classe baixa: Pessoas de nível econômico baixo.
OBS: Dentro de cada classe há diversas camadas, além de grupos intermediários entre uma classe e outra.
II) Mobilidade social: possibilidade de um indivíduo ou grupo modificar sua posição social numa determinada sociedade. A mobilidade implica uma mudança de papel social, função social, atividade econômica, poder político e econômico.
a) A mobilidade vertical implica mudança de status social, uma vez que o indivíduo pode ganhar ou perder prestígio na sociedade. Em outras palavras, ele pode subir ou descer na escala de importância social.
  • Ocorre mobilidade social vertical ascendente (ou ascensão social) quando o indivíduo melhora sua posição no sistema de estratificação social (por exemplo: empresário que inicia um pequeno negócio e consegue, ao longo dos anos, torná-lo uma grande empresa);
  • Ocorre mobilidade social vertical descendente (ou queda social) quando o indivíduo piora sua posição no sistema de estratificação social (por exemplo: grande empresário cujo negócio vai à falência).
b) A mobilidade horizontal ocorre na mesma classe, não implicando mudança de status social (por exemplo: profissional que muda de emprego, mas não obtem melhoria salarial significativa).
III) Indicadores sociais: Como o próprio nome sugere, indicadores são uma espécie de “sinalizadores” que buscam expressar algum aspecto da realidade sob uma forma que se possa observar e mensurar. Os indicadores descrevem a realidade em números e gráficos para orientar políticas públicas e investimentos nesta ou naquela área. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão oficial responsável pela produção das estatísticas que compõem o sistema de Indicadores Sociais. A seguir, alguns exemplos:
a) Índice de Gini: Também conhecido como Coeficiente de Gini, mede a desigualdade de renda da população. Varia entre 0 (quando

IMAGENS DO JURI SIMULADO - "O JULGAMENTO DE TIRADENTES"





JURI SIMULADO DO 1 ANO D VESPERTINO ( LEONARDO LEINDECKER)

Júri Simulado do 1ºD - 2011